quarta-feira, 10 de agosto de 2011

APOSTOLO PAULO - por Diacono caseira

A caminhada com Jesus

A caminhada de Paulo como discípulo foi cheia de empecilhos. Todos invejavam no jovem Paulo sua ética e liderança. Após se tornar cristão, como elogiar, para a liderança judaica, aquele que sempre tinha odiado? Como explicar uma mudança tão grande? Comentar que ele passou a seguir um homem quemorrera na cruz gerava os mais intensos debates. A palavra da cruz era escândalo para os judeus e loucura para os gregos. A humanidade hoje tem um grande apreço por Jesus crucificado, mas na época de Paulo, ser seguidor de Jesus era ser chamado de louco, de pertencer ao esgoto social.
Paulo, além de dar explicações sobre a sua conversão ao cristianismo, teria de trabalhar os transtornos psíquicos que teciam a sua alma. A sua conversão ao cristianismo não resolvia os seus problemas, mas, ao contrário, seus problemas estavam apenas começando. Paulo enfrentou centenas de situações dramáticas
que fizeram vir à tona as suas mais ocultas fragilidades. No livro aos romanos, ele teve coragem de dizer: “Miserável homem que sou... Não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço...”
Ele desejava incorporar as mais belas características de Jesus, mas sentia-se incapaz de vivenciá-las. Todos temos limites, mais cedo ou mais tarde nos surpreendemos com nossa fragilidade. Paulo queria ter uma vida livre, diferente da que vivera. Antigamente, lutava para eliminar os cristãos, agora luta dentro de si mesmo para ser livre. Ele procurou a presença de Deus com desespero
no seu espírito humano para que sua alma fosse transformada.
Ele era preconceituoso. Para ele, seu povo Israel era o melhor povo da terra. Os demais povos eram considerados gentios, pagãos. Ele desejava destruir os seguidores do nazareno, porque queria purificar a sua religião.
(Síntese da continuação do Cap. 10 – O Mestre Inesquecível – Augusto Cury – Academia da Inteligência. Continua)
Matéria Jornal Novos Horizontes - Paroquia NSSC - fevereiro de 2011


Passando pelo Vale do sofrimento

Quando Paulo abraçou a causa de Jesus Cristo, apaixonou-se pela humanidade. Aprendeu a sonhar. Se muito odiou, muito mais amou. Sua mudança foi tão grande que pode ser comparada, nos dias de hoje, à atitude de um judeu radical que sempre revidou os ataques dos palestinos, mas agora, procura-os não para matá-los, mas para beijá-los. Paulo amou a todos, até as últimas consequências.
Sentia-se fraco, mas muitas vezes, quando se deparava com sua fragilidade, aí é que se sentia forte.
Tornou-se um sábio e foi uma das poucas pessoas nesta terra que usou cada frustração, incompreensão, rejeição, ferida física e emocional para reeditar as mazelas de sua alma. Para ele, todo o sofrimento era muito usado para lapidar a personalidade. O poder de Deus se manifesta na fragilidade humana. Essa era a bandeira com que enfrentava as tormentas da vida. Deus era o grande artesão de sua personalidade. O diamante bruto assumia formas de grande beleza.
A psicologia não entende alguns ditames de inteligência espiritual. No livro de 2 Coríntios, Paulo fala da grandeza das lições pelas quais passou. Ele perseguiu, até as últimas consequências, todos os cristãos, mas, por fim, foi perseguido e sofreu experiências dolorosas mais intensas do que as que causou. Foi preso várias vezes, mas não se abateu, achando uma dádiva sofrer pela causa de Jesus Cristo.
Na Grécia, quase foi linchado, ultrajado e considerado lixo da sociedade. Ele não conviveu com Jesus, mas o amou até as últimas consequências. Foi apedrejado, seu corpo coberto de sangue e dado como morto. Ele sofreu três naufrágios e passou uma noite e um dia flutuando agarrado a um pedaço de madeira para não afundar. Enfrentou riscos de todos os tipos. Passou noites insones. Ficou nu. Passou fome e sede, vivenciando uma grande tormenta interior, a preocupação
afetiva com todas as pessoas que criam em Jesus. Raras foram as pessoas na História que pagaram preço tão grande por amar.
(Síntese da continuação do Cap. 10 - O Mestre Inesquecível - Augusto Cury - Academia de Inteligência - Continua)
Publicado Jornal Novos Horizontes - Paroquia NSSC - março de 2011

Uma declaração de amor

 Uma pessoa mesmo tendo o conhecimento de todos os mistérios da ciência e da teologia, mas se não tiver o amor, todo o seu conhecimento sobre Deus é vazio.
Paulo diz que o amor é paciente e benigno e torna a emoção serena e tranquila. A ausência do amor provoca a ansiedade e o egoísmo. Paulo só aprendeu o alfabeto da mansidão e da bondade, depois que passou a amar. Ele criava inimigos, era uma pessoa conflitante e perturbada. Paz não fazia parte de sua vida.
A transformação de Paulo deixa assombrado qualquer pesquisador da psicologia. Essa transformação representa um grito de esperança. A vida que Paulo encontrou em Cristo o libertou do caos e o fez viver intensamente um hino de amor.
Ele demonstrou, em cada um dos valores emocionais que atravessou, que jamaiApesar de ter passado por sofrimentos inexplicáveis, Paulo vive o mais alto da saúde psíquica. Tinha todos os motivos para ser uma pessoa deprimida, mal humorada e ansiosa, mas era alegre e sereno. Embora tenha relatado todos os seus sofrimentos na segunda carta aos coríntios, ele, na primeira carta, fez uma bela apologia ao amor. Paulo, nesse texto, superou a sensibilidade dos poetas, a profundidade dos filósofos e a serenidade dos pensadores.
No capítulo 13 de 1 Coríntios, ele comenta que o amor é o alicerce da vida. Uma pessoa pode ser o maior comunicador da história, mas, se não tiver o amor, é como o bronze que s devemos abrir mão da vida, mesmo com todas as perdas, decepções, desencontros, frustrações. Raramente a dor destilou tanta inspiração, produziu um viver tão vibrante. Ele foi um homem feliz na terra dos infelizes.
Sua transformação foi tão comovente que pode ser comparada à história de um cooperador de Hitler que, compreendendo a violência do nazismo, se arrependesse  a tal ponto de suas atitudes, que fosse capaz de ir a um campo de concentração para se ajoelhar aos pés dos judeus, beijá-los e morrer com eles.
(Final do cap. 10. “O Mestre Inesquecível” – Augusto Cury – Academia de Inteligência)

PUBLICADO JORNAL NOVOS HORIZONTES - ABRIL 2011

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