terça-feira, 23 de agosto de 2011

A historia das Jornadas Mundiais da Juventude

SAUDAÇÃO DO PAPA AOS JOVENS NO JMJ-2011 - MADRID

Saudação em português

Queridos jovens dos diversos países de língua oficial portuguesa e quantos vos acompanham, bem-vindos a Madrid! A todos saúdo com grande amizade e convido a subir até à fonte eterna da vossa juventude e conhecer o protagonista absoluto desta Jornada Mundial e – espero – da vossa vida: Cristo Senhor. Nestes dias ouvireis pessoalmente ressoar a sua Palavra. Deixai que esta Palavra penetre e crie raízes nos vossos corações, e sobre ela edificai a vossa vida. Firmes na fé, sereis um elo na grande cadeia dos fiéis. Não se pode crer sem ser amparado pela fé dos outros, e pela minha fé contribuo também para amparar os outros na fé. A Igreja precisa de vós, e vós precisais da Igreja.

Discurso do Papa na festa Acolhida dos Jovens JMJ-2011

Queridos jovens amigos!

Agradeço as carinhosas palavras que me dirigiram os jovens representantes dos cinco continentes. Com afeto, saúdo a todos vós que estais aqui congregados – jovens da Oceania, África, América, Ásia e Europa – e também a quantos não puderam vir. Sempre vos tenho muito presente e rezo por vós. Deus concedeu-me a graça de vos poder ver e vos ouvir mais de perto, e de nos colocarmos juntos à escuta da sua Palavra.



Na leitura que há pouco foi proclamada, ouvimos uma passagem do Evangelho onde se fala de acolher as palavras de Jesus e de as pôr em prática. Há palavras que servem apenas para entreter e passam como o vento; outras instruem, sob alguns aspectos, a mente; as palavras de Jesus, ao invés, têm de chegar ao coração, radicar-se nele e modelar a vida inteira. Sem isso, ficam estéreis e tornam-se efémeras; não nos aproximam Dele. E, deste modo, Cristo continua distante, como uma voz entre muitas outras que nos rodeiam e às quais estamos habituados.

Além disso, o Mestre que fala não ensina algo que aprendeu de outros, mas o que Ele mesmo é, o único que conhece verdadeiramente o caminho do homem para Deus, pois foi Ele que o abriu para nós, que o criou para podermos alcançar a vida autêntica, a vida que sempre vale a pena viver em todas as circunstâncias e que nem mesmo a morte pode destruir. O Evangelho continua explicando estas coisas com a sugestiva imagem de quem constrói sobre a rocha firme, resistente às investidas das adversidades, contrariamente a quem edifica sobre a areia, talvez numa paisagem paradisíaca, poderíamos dizer hoje, mas que se desmorona à primeira rajada de ventos e fica em ruínas.

Queridos jovens, escutai verdadeiramente as palavras do Senhor, para que sejam em vós “espírito e vida” (Jo 6, 63), raízes que alimentam o vosso ser, linhas de conduta que nos assemelham à pessoa de Cristo, sendo pobres de espírito, famintos de justiça, misericordiosos, puros de coração, amantes da paz. Escutai-as frequentemente cada dia, como se faz com o único Amigo que não engana e com o qual queremos partilhar o caminho da vida. Bem sabeis que, quando não se caminha ao lado de Cristo, que nos guia, extraviamo-nos por outra sendas como a dos nossos próprios impulsos cegos e egoístas, a de propostas lisonjeiras mas interesseiras, enganadoras e volúveis, que atrás de si deixam o vazio e a frustração.

Aproveitai estes dias para conhecer melhor a Cristo e inteirar-vos de que, enraizados Nele, o vosso entusiasmo e alegria, os vossos anseios de crescer, de chegar ao mais alto, ou seja, a Deus, têm futuro sempre assegurado, porque a vida em plenitude já habita dentro do vosso ser. Fazei-a crescer com a graça divina, generosamente e sem mediocridade, propondo-vos seriamente a meta da santidade. E, perante as nossas fraquezas, que às vezes nos oprimem contamos também com a misericórdia do Senhor, sempre disposto a dar-nos de novo a mão e que nos oferece o perdão no sacramento da Penitência.

Edificando-a sobre a rocha firme, a vossa vida será não só segura e estável, mas contribuirá também para projetar a luz de Cristo sobre os vossos coetâneos e sobre toda a humanidade, mostrando uma alternativa válida a tantos que viram a sua vida desmoronar-se, porque os alicerces da sua existência eram inconsistentes: a tantos que se contentam com seguir as correntes da moda, se refugiam no interesse imediato, esquecendo a justiça verdadeira, ou se refugiam em opiniões pessoais em vez de procurar a verdade sem adjetivos.

Sim, há muitos que, julgando-se deuses, pensam que não têm necessidade de outras raízes nem de outros alicerces para além de si mesmo. Desejariam decidir, por si sós, o que é verdade ou não, o que é bom ou mau, justo ou injusto; decidir quem é digno de viver ou pode ser sacrificado nas aras de outras preferências; em cada momento dar um passo à sorte, sem rumo fixo, deixando-se levar pelo impulso de cada instante. Estas tentações estão sempre à espreita.

É importante não sucumbir a elas, porque na realidade conduzem a algo tão fútil como uma existência sem horizontes, uma liberdade sem Deus. Pelo contrário, sabemos bem que fomos criados livres, à imagem de Deus, precisamente para ser protagonistas da busca da verdade e do bem, responsáveis pelas nossas ações e não meros executores cegos, colaboradores criativos com a tarefa de cultivar e embelezar a obra da criação. Deus quer um interlocutor responsável, alguém que possa dialogar com Ele e amá-Lo. Por Cristo, podemos verdadeiramente consegui-lo e, radicados Nele, damos asas à nossa liberdade. Porventura não é este o grande motivo da nossa alegria? Não é este um terreno firme para construir a civilização do amor e da vida, capaz de humanizar todo homem?
Queridos amigos, sede prudentes e sábios, edificai as vossas vidas sobre o alicerce firme que é Cristo. Esta sabedoria e prudência guiará os vossos passos, nada vos fará tremer e, em vosso coração, reinará a paz. Então sereis bem-aventurados, ditosos, e a vossa alegria contagiará os outros.
Perguntar-se-ão qual seja o segredo da vossa vida e descobrirão que a rocha que sustenta todo o edifício e sobre a qual assenta toda a vossa existência é a própria pessoa de Cristo, vosso amigo, irmão e Senhor, o Filho de Deus feito homem, que dá consistência a todo o universo. Ele morreu por nós e ressuscitou para que tivéssemos vida, e agora, junto do trono do Pai, continua vivo e próximo a todos os homens, velando continuamente com amor por cada um de nós.
Confio os frutos desta Jornada Mundial da Juventude à Santíssima Virgem, que soube dizer “sim” à vontade de Deus e nos ensina, como ninguém, a fidelidade ao seu divino Filho, que acompanhou até à sua morte na cruz. Meditaremos tudo isto mais pausadamente ao longo das diversas estações da Via-Sacra. Peçamos para que o nosso “sim” de hoje a Cristo seja também, como o Dela, um “sim” incondicional à sua amizade, no fim desta Jornada Mundial e durante toda a nossa vida. Muito obrigado!


http://www.jmjcampinas.org.br/discurso-do-papa-na-festa-de-acolhida-dos-jovens-na-jmj-2011/

JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE - MADRID 2011

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

SÃO JOSÉ - QUEM FOI E QUEM É (Por Pe.Ruaro, mSC)

Da mesma maneira que todas as afirmações feitas sobre Maria são em função de Jesus, também nós só podemos falar de José por causa de Jesus. Os Evangelhos procuram dar um significado à presença de José e realçar a missão que também foi confiada a ele de cuidar de Jesus. O cuidado é fundamental na vida de todos aqueles que querem manter em forma a sua fé. José nos ensina exatamente como cuidar desse Jesus, defendendo- O de seus perseguidores e de todas as ameaças que comprometem o acontecimento do Reino.
Os Evangelhos não nos trazem grandes informações sobre José. Mateus, que fala para os judeus e, também, Lucas reforçam a origem judaica de José, pertencente à dinastia de Davi. Contudo essa ligação ao rei Davi nada serviria porque, segundo a tradição, ele é o pai adotivo de Jesus. E, por outro lado, viveu pobremente apesar de pertencer à realeza.
Uma característica importante de José nos Evangelhos é o senso de justiça. Como nos conta o Evangelho, ele pensava em repudiar sua esposa Maria, mesmo que em segredo, para ser fiel à lei judaica. O radicalismo da lei do apedrejamento já assusta o próprio José que tenta amenizar um pouco e poupar Maria.
Mas, quem mais pode revelar a pessoa de José é seu próprio Filho. O que mais podemos creditar a São José nos vem pela pessoa de Jesus de Nazaré. Com certeza foi José quem ajudou Jesus a olhar com indignação para a realidade de exclusão em que vivia. A ter uma atitude de ternura e compaixão sobretudo com os mais pobres. A defender a vida e os valores humanos.
Que a simplicidade de José e o seu senso de justiça, sobretudo, nos ajudem a converter o nosso coração a dar testemunho de nossa fé como discípulos missionários de Jesus.
(Padre Ruaro, mSC)

Publicado Jornal Novos Horizontes - Maio de 2011 - Paroquia NSSC

APOSTOLO PAULO - por Diacono caseira

A caminhada com Jesus

A caminhada de Paulo como discípulo foi cheia de empecilhos. Todos invejavam no jovem Paulo sua ética e liderança. Após se tornar cristão, como elogiar, para a liderança judaica, aquele que sempre tinha odiado? Como explicar uma mudança tão grande? Comentar que ele passou a seguir um homem quemorrera na cruz gerava os mais intensos debates. A palavra da cruz era escândalo para os judeus e loucura para os gregos. A humanidade hoje tem um grande apreço por Jesus crucificado, mas na época de Paulo, ser seguidor de Jesus era ser chamado de louco, de pertencer ao esgoto social.
Paulo, além de dar explicações sobre a sua conversão ao cristianismo, teria de trabalhar os transtornos psíquicos que teciam a sua alma. A sua conversão ao cristianismo não resolvia os seus problemas, mas, ao contrário, seus problemas estavam apenas começando. Paulo enfrentou centenas de situações dramáticas
que fizeram vir à tona as suas mais ocultas fragilidades. No livro aos romanos, ele teve coragem de dizer: “Miserável homem que sou... Não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço...”
Ele desejava incorporar as mais belas características de Jesus, mas sentia-se incapaz de vivenciá-las. Todos temos limites, mais cedo ou mais tarde nos surpreendemos com nossa fragilidade. Paulo queria ter uma vida livre, diferente da que vivera. Antigamente, lutava para eliminar os cristãos, agora luta dentro de si mesmo para ser livre. Ele procurou a presença de Deus com desespero
no seu espírito humano para que sua alma fosse transformada.
Ele era preconceituoso. Para ele, seu povo Israel era o melhor povo da terra. Os demais povos eram considerados gentios, pagãos. Ele desejava destruir os seguidores do nazareno, porque queria purificar a sua religião.
(Síntese da continuação do Cap. 10 – O Mestre Inesquecível – Augusto Cury – Academia da Inteligência. Continua)
Matéria Jornal Novos Horizontes - Paroquia NSSC - fevereiro de 2011


Passando pelo Vale do sofrimento

Quando Paulo abraçou a causa de Jesus Cristo, apaixonou-se pela humanidade. Aprendeu a sonhar. Se muito odiou, muito mais amou. Sua mudança foi tão grande que pode ser comparada, nos dias de hoje, à atitude de um judeu radical que sempre revidou os ataques dos palestinos, mas agora, procura-os não para matá-los, mas para beijá-los. Paulo amou a todos, até as últimas consequências.
Sentia-se fraco, mas muitas vezes, quando se deparava com sua fragilidade, aí é que se sentia forte.
Tornou-se um sábio e foi uma das poucas pessoas nesta terra que usou cada frustração, incompreensão, rejeição, ferida física e emocional para reeditar as mazelas de sua alma. Para ele, todo o sofrimento era muito usado para lapidar a personalidade. O poder de Deus se manifesta na fragilidade humana. Essa era a bandeira com que enfrentava as tormentas da vida. Deus era o grande artesão de sua personalidade. O diamante bruto assumia formas de grande beleza.
A psicologia não entende alguns ditames de inteligência espiritual. No livro de 2 Coríntios, Paulo fala da grandeza das lições pelas quais passou. Ele perseguiu, até as últimas consequências, todos os cristãos, mas, por fim, foi perseguido e sofreu experiências dolorosas mais intensas do que as que causou. Foi preso várias vezes, mas não se abateu, achando uma dádiva sofrer pela causa de Jesus Cristo.
Na Grécia, quase foi linchado, ultrajado e considerado lixo da sociedade. Ele não conviveu com Jesus, mas o amou até as últimas consequências. Foi apedrejado, seu corpo coberto de sangue e dado como morto. Ele sofreu três naufrágios e passou uma noite e um dia flutuando agarrado a um pedaço de madeira para não afundar. Enfrentou riscos de todos os tipos. Passou noites insones. Ficou nu. Passou fome e sede, vivenciando uma grande tormenta interior, a preocupação
afetiva com todas as pessoas que criam em Jesus. Raras foram as pessoas na História que pagaram preço tão grande por amar.
(Síntese da continuação do Cap. 10 - O Mestre Inesquecível - Augusto Cury - Academia de Inteligência - Continua)
Publicado Jornal Novos Horizontes - Paroquia NSSC - março de 2011

Uma declaração de amor

 Uma pessoa mesmo tendo o conhecimento de todos os mistérios da ciência e da teologia, mas se não tiver o amor, todo o seu conhecimento sobre Deus é vazio.
Paulo diz que o amor é paciente e benigno e torna a emoção serena e tranquila. A ausência do amor provoca a ansiedade e o egoísmo. Paulo só aprendeu o alfabeto da mansidão e da bondade, depois que passou a amar. Ele criava inimigos, era uma pessoa conflitante e perturbada. Paz não fazia parte de sua vida.
A transformação de Paulo deixa assombrado qualquer pesquisador da psicologia. Essa transformação representa um grito de esperança. A vida que Paulo encontrou em Cristo o libertou do caos e o fez viver intensamente um hino de amor.
Ele demonstrou, em cada um dos valores emocionais que atravessou, que jamaiApesar de ter passado por sofrimentos inexplicáveis, Paulo vive o mais alto da saúde psíquica. Tinha todos os motivos para ser uma pessoa deprimida, mal humorada e ansiosa, mas era alegre e sereno. Embora tenha relatado todos os seus sofrimentos na segunda carta aos coríntios, ele, na primeira carta, fez uma bela apologia ao amor. Paulo, nesse texto, superou a sensibilidade dos poetas, a profundidade dos filósofos e a serenidade dos pensadores.
No capítulo 13 de 1 Coríntios, ele comenta que o amor é o alicerce da vida. Uma pessoa pode ser o maior comunicador da história, mas, se não tiver o amor, é como o bronze que s devemos abrir mão da vida, mesmo com todas as perdas, decepções, desencontros, frustrações. Raramente a dor destilou tanta inspiração, produziu um viver tão vibrante. Ele foi um homem feliz na terra dos infelizes.
Sua transformação foi tão comovente que pode ser comparada à história de um cooperador de Hitler que, compreendendo a violência do nazismo, se arrependesse  a tal ponto de suas atitudes, que fosse capaz de ir a um campo de concentração para se ajoelhar aos pés dos judeus, beijá-los e morrer com eles.
(Final do cap. 10. “O Mestre Inesquecível” – Augusto Cury – Academia de Inteligência)

PUBLICADO JORNAL NOVOS HORIZONTES - ABRIL 2011

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

A Escuta como condição ...(por Pe. Ruaro)

A Escuta como condição para fazer a vontade de Deus
 Padre Ruaro, mSC

Recebi dias atrás um e-mail da equipe de preparação dos Novos Horizontes.
Neste e-mail estava a programação do jornal para o mês de março. Todos os colaboradores tinham um tema mais ou menos definido para escreverem e eu fiquei livre para escrever o que eu quisesse. Isso porque, em pleno mês de fevereiro, na edição passada, como eu não tinha um tema definido, escrevi sobre o Natal. E parece que deu certo, pelo menos recebi vários comentários, críticas e
incentivos. Isso é sempre muito bom e aumenta a responsabilidade de quem escreve. Não pensem que me esqueci do Natal, claro que não, “o menino continua
crescendo em sabedoria e graça diante de Deus e dos homens”. E nós também
crescemos quando somos capazes de escutar o que ele diz. Certamente todos nós sentimos dificuldades para viver coerentemente nossa vida humano-cristã. Sabemos que pensar, refletir, discernir, tomar consciência daquilo que fazemos ou falamos é muito importante, mas, muitas vezes agimos por impulso. Penso que,
uma vida humano-cristã depende fundamentalmente dos nossos ouvidos, depende de nossa capacidade de ouvir e assimilar o sentido da palavra ouvida
para aplicar em nossa vida. Dia desses, preparando-me para celebrar a Eucaristia, deparei-me com um texto tirado do Evangelho de São Marcos, no capítulo 7, versículos 31-37. Você conhece esse texto? Vou ajudá-lo(a) a se lembrar. O texto fala sobre o homem surdo que falava com dificuldades e que foi trazido para que Jesus o curasse. Bem, se mesmo assim você não se lembrou, vai lá e leia o texto em sua Bíblia, isso ajudará muito para que você compreenda a reflexão.
É interessante a dinâmica do texto mostrando os gestos de Jesus e sugerindo movimentos que nós também podemos fazer para trabalhar a nossa escuta. O texto diz que “Jesus se afastou com o homem para longe da multidão”. Estabelecer uma distância das confusões que vivemos no dia-a-dia é muito importante. Retirar para um lugar mais tranquilo, silencioso. Estar em um lugar onde de fato você possa se concentrar em suas limitações e virtudes, e buscar transformá-las com os princípios cristãos, isto é sabedoria. Jesus, no texto, chegou a colocar o dedo no ouvido do homem, num gesto que parece querer abrir com o dedo os ouvidos daquela pessoa. Abrir os nossos ouvidos significa dar atenção, colocar sentido, estar concentrado naquilo que deve fazer. Depois “Jesus passa saliva na língua do homem”. Passa um pouco do que é dele para aquele homem. E ele começa a ouvir e falar sem dificuldades.
Eu me lembro dos encontros de círculos bíblicos nas casas, ou mesmo dos cursos nas comunidades. Como é difícil para as pessoas tirarem uma mensagem de um texto bíblico. Normalmente quando um se arrisca a dar uma opinião os outros vêm atrás concordando com ele. A impressão que eu tenho é que escutam mal por isso falam com dificuldades. Muitas das vezes o escutar está carregado de suas necessidades particulares que bloqueiam a possibilidade de entender a mensagem com mais profundidade, em um sentido mais comunitário. É preciso exercitar mais o nosso ouvido, participando dos encontros e buscando ligar o que ouvimos com aquilo que fazemos. Você já pensou como você tem escutado a palavra de Deus? Qual o efeito prático daquilo que você escuta em seu dia-a-dia? Aquele que escuta se torna discípulo-missionário, uma testemunha fiel, e para Jesus é isso que importa. Vamos, pois, aguçar os nossos ouvidos para que, ouvindo, possamos atender o seu chamado e, assim, ajudá-Lo na construção de um mundo melhor.

Publicado no jornal Novos Horizontes - paroquia NSSC - março de 2011